A
inclusão escolar tem sido um desafio para professores e educadores de todo o
país, já que não existe uma forma única e pré-estabelecida para realiza-la.
Sabe-se que é um processo necessário e valioso, mas que ainda necessita de
muito empenho e estudo dos profissionais envolvidos.
A lógica inclusiva está baseada na ideia de que em vez de serem empenhados esforços para fornecer à
pessoa condições de adaptar-se à escola, busca-se construir uma escola para
atender às pessoas que fazem parte dela. Ou seja, a escola precisa ver cada aluno como único e assim possibilitar, de acordo com suas necessidades, novas experiências curriculares, flexibilizar a grade de disciplinas e a estrutura de séries, criando novas lógicas no interior da escola e nas relações educativas. Por isso, torna-se
necessário o envolvimento de todos os membros da equipe escolar, mesmo que educadores, diretores e funcionários
apresentem papéis específicos, precisam agir de forma comum para que a
inclusão escolar seja real, eficaz e efetiva.
O professor Martins(*), diz que
três fatores são de grande importância no desenvolvimento da capacidade de
aprender:
-> querer : o que gera interesse, motivação, atenção e participação;
-> desenvolvimento de aptidões cognitivas e procedimentais : que se traduz pela
habilidade de pensar, indispensável à capacidade de aprender;
-> conhecimentos
ou conteúdos: o que torna fundamental a construção de um currículo escolar
atualizado e significativo segundo os interesses dos alunos.
Dessa forma percebemos que as potencialidades
intelectuais com as quais nascemos vão se desenvolver em função do meio e das
experiências de aprendizagem de cada um ao longo da vida.
A adaptação curricular possui uma série de
finalidades, entre elas, buscar que o aluno alcance a maior participação
possível em todas as atividades desenvolvidas no plano curricular da escola e
da sala de aula, a fim de que obtenha os objetivos de cada nível educativo,
evitando a elaboração de currículos específicos no que se refere à aprendizagem
e à participação.
"A
proposta inclusiva diz respeito a uma escola de qualidade para todos, uma
escola que não rotule e não “expulse” alunos com “problemas”; uma escola que
enfrente, sem adiamentos, a grave questão do fracasso escolar e que atenda à
diversidade de características de seu alunado".(*)
(*) Autor e citação retirados do livro:
CARVALHO, R. E. Escola Inclusiva: a reorganização do
trabalho pedagógico. Porto Alegre: Mediação, 2008.