segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Adoro música. Sou movida a música. Tudo na minha vida tem uma trilha sonora.
Existiu um tempo em que minha vida era como a música Dia Especial, da Cidadão Quem. Ela diz algo assim:
" Se alguém já lhe deu a mão e não pediu mais nada em troca, pense bem, pois é um dia especial.
Eu sei não é sempre que a gente encontra alguém que faça bem, que nos leva desse temporal. O amor é maior que tudo, do que todos, até a dor se vai, quando olhar é natural. Sonhei que as pessoas eram boas em um mundo de amor, acordei nesse mundo marginal. " 
Sim. Na época eu sentia que estava vivendo no meio de uma guerra, completamente despreparada pra enfrentar os inimigos. Me sentia só na multidão. Mas no meio da solidão existia uma luz, uma única luz que me dava força pra continuar.
Um dia aquela luz se apagou e me vi na completa escuridão. Foram dias de frio, medo, solidão, total falta de direção. Demorou muito para que eu pudesse entender que a luz a ser seguida não está do lado de fora, mas do lado de dentro. A força e o poder não estão no outro, mas dentro de nós mesmos. Ninguém merece carregar o peso da vida do outro, já basta aguentar a sua própria!
Só fazemos da nossa vida aquilo que queremos e só deixamos que os outros nos façam aquilo que permitimos. Tudo é uma questão de satisfação e poder, já diria Michel Foucault. O outro só tem o poder que eu der pra ele e quando isso acontece perco as rédias da minha própria vida. Assim fica facil! Se algo não sair como queria, a culpa é do outro, nunca será minha! É uma relação de perder e ganhar. Perco a minha vida, dou o poder de decisão para o outro, mas ganho a posição de vitima do outro.

A minha vida só faz sentido quando descubro que a luz, a força, o poder, as possibilidades estão dentro de mim. Só dependem de mim. Eu vou fazer da minha vida aquilo que eu quiser, e tudo será responsabilidade minha. Isso é viver. É participar. É fazer escolhas. Acertar ou errar. Jogar. Enfrentar. Assumir.

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