segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Apego.

O que faz com que sejamos capazes de nos entregar a uma relação? Existe entrega parcial? Como podemos medir até onde é seguro ir? É válida aquela frase: 'Pegar sem se apegar'?
Fico pensando que na medida em que permitimos a entrada de outra pessoa na nossa vida, já estamos apegados. Seja apegado ao papo, ao cheiro, ao gosto, a pele, a atenção ou ao colo que o outro nos dá.
Apego é curtir a companhia de alguém, é querer estar junto, é afeição, é simpatia por alguém, é querer estar com, é necessário para continuarmos vivos. Preciso me apegar as pessoas para continuar próxima delas, preciso me apegar ao trabalho para ser eficiente, preciso me apegar a um assunto para poder estudar sobre ele. Penso que o apego é a semente do amor. Começa com a vontade de estar perto o tempo todo, com a saudade que dói, com a simpatia, com a sintonia, com o desejo, até tornar-se amor, tornando o laço ainda mais forte.
No entanto, quando as desilusões aparecem o apego enfraquece e o amor desaparece. Quando a presença do outro já se torna dispensável, quando a pele não tem o mesmo magnetismo, quando o gosto já não é mais incomparável, quando o colo já não é tão aconchegante..., fique atento. Preste atenção. A situação pode ser irreversível.
Como diz Herbert Vianna, "Cuide bem do seu amor, seja quem for."

Nenhum comentário:

Postar um comentário